Os jovens cristãos que namoram e
desejam viver a lei de Deus têm enfrentado um grande dilema. Transar ou se
guardar para o amor maior, aquele que vai selar uma união duradoura diante de
Deus? Muitas vezes, são os namorados que querem transar. Ainda é grande o
número de meninas que não querem ter vida sexual no namoro e são pressionadas
pelos namorados para dar uma “prova de amor”.
Mas
transar durante o namoro está longe de ser uma prova de amor, seja lá o que
isso possa significar. Amor não é sentimentalismo, romance e prazer. Amor é
responsabilidade, é fazer os outros felizes. O verdadeiro amor espera,
respeita. As coisas da vida somente são boas e nos fazem felizes se são usadas
dentro de sua finalidade e no momento certo.
Para
acalmar o coração e clarear o entendimento dos jovens enamorados, vale a pena
deixar claro que o sexo só deve ser vivido no casamento por causa de sua
finalidade e sua consequência. A dimensão unitiva tem em vista unir o casal que
se comprometeu um com o outro a vida toda, diante de Deus e dos homens. A
dimensão procriativa gera os filhos, que têm o direito de nascer em um lar
constituído com pais preparados para acolher, amar e educar. E isso não pode
acontecer ainda no namoro, porque o relacionamento é frágil.
O
ato sexual é o selo de uma união definitiva, permanente, compromissada para
sempre. Não é uma brincadeira, um passatempo, uma diversão. Na verdade, os
casais que fazem sexo antes do casamento estão realizando um ato egoísta, não
um ato de amor, por mais que tentem justificar dessa forma.
A
última “entrega” ao outro deve ser a do próprio corpo, depois que os corações e
as vidas estiverem unidos para sempre. Isso está longe de acontecer no namoro,
que é um tempo de escolha. É o tempo de conhecer a pessoa do outro, seus
valores e seus limites. Não é o tempo de viver a intimidade sexual dos casados.
Quantas
jovens engravidam durante o namoro e têm de mudar totalmente o rumo de suas
vidas? Às vezes, são obrigadas a deixar os estudos para trabalhar. São
obrigadas a continuar morando na casa dos pais, já que não têm condições
financeiras nem tampouco emocionais de terem suas próprias casas, como convém.
Isso sem mencionar muitos abortos realizados por causa da vida sexual dos
jovens no namoro.
Querer
transar durante o namoro não é amor. É egoísmo. Infelizmente, ainda recai sobre
as jovens uma decisão muito importante: de se guardar e direcionar o
namoro. Afinal, os meninos não correm os riscos de uma gravidez. Se o
namoro terminar, eles seguem em frente como se nada tivesse acontecido. Para as
meninas ainda é diferente, porque elas jamais se esquecem do que aconteceu.
Por
isso, quando os jovens casais não chegam a um acordo sobre guardar a castidade,
é importante que a menina cristã aprenda a dizer "não" a seu
namorado. Deus quer que toda jovem se guarde e se prepare para aquele homem que
um dia vai ser seu marido, companheiro e pai de seus filhos. Cabe à menina,
então, hoje em dia, “fazer a cabeça” do namorado e aproximá-lo de Deus. É
importante estar certa de que Deus não deixa ninguém desamparado. E ninguém
pode ser infeliz por cumprir a Sua lei e fazer a Sua vontade.
por Felipe de Aquino Professor
http://www.catolicanet.com/
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